Cada vez mais é produzido evoluções ao aparato
tecnológico-digital do homem, facilitando as práticas do seu dia-a-dia. Mas será que sua subjetividade acompanha esse crescimento desregrado? Acesso ilimitado de
informações e o consequente esvaziamento do convívio e da vinculação genuína
entre as pessoas; idolatria coletiva indiscriminada às celebridades de qualquer
natureza por razão e méritos desconhecidos; histeria midiática para produzir
fama instantânea em figuras anônimas; apologia quase que consensual da busca
pelo sucesso (mesmo que efêmero) a qualquer preço em nome a fama. Sensacionalismo
de programas “espirra-sangue” na hora do almoço, escancarando a morte e a
violência, fazendo delas um espetáculo, debochando da seriedade e gravidade que
o assunto exige. Policiais (alguns), de índole e caráter bastante duvidosos.
Um homofóbico-racista
eleito para presidir a comissão de Direitos Humanos. O íntegro Renan Calheiros
presidente do senado! Três condenados pelo STF integrando a Comissão de
Constituição e Justiça: José Genoino, João Paulo Cunha e Paulo Maluf, este, um
dos maiores ladrões da história desse país (Patologias Políticas). Crianças
cursando o sexto, sétimo e até oitavo ano (antiga sétima série) de colégio
público ainda analfabetas(!?). Professores que não sabem ensinar alegando que
alunos não sabem aprender ou que não aprendem por causa do “déficit cognitivo”e
que por conta disso devem ser tratados. (Patologias Pedagógicas).
Mas o preocupante
disso tudo é a forma com que essas questões são amenizadas ou despercebidas:
bancando o bacana com a turma; bebendo e/ou farreando; estando ao redor de
pessoas bonitas chiques e elegantes; mantendo uma aparência que os outros
julguem interessante embora seja o que não lhe represente de fato. Estes
parecem ser alguns dos remédios contemporâneos para ser indiferente, por talvez
reconhecer em si mesmo sua própria impotência diante da magnitude do problema,
à todas essas mazelas sociais.
E o que é ser normal em uma sociedade que não é normal?
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