O São João é uma festa tradicional do nosso calendário. Festa popular que manifesta parte da cultura e do folclore do povo brasileiro, em especial o nordestino. Comidas e músicas típicas, danças, rituais, vestimentas originais, troca de receitas e pratos, festejar, dançar e comer compartilhando com os vizinhos, enfim. É uma festa que ainda consegue (ou conseguia) simbolizar o caráter comunitário, democrático, cultural e histórico dos homens. Justamente porque demonstra a solidariedade quando compartilha, a democracia quando não exclui, socialização quando integra, além da cultura e da história se manifestarem através do folclore junino.
Um fenômeno que vem se tornando cada vez mais comum é a “carnavalização” do São João. Festas de camisa, camarotes de luxo dividindo o público pelo seu poder econômico, a inserção das bandas de axé nos palcos, dividindo as atenções com os forrozeiros, whisky com energético, presença de trio-elétrico etc. Notem que esses artefatos artísticos-culturais, que são todos importados do carnaval, vêm invadindo as comemorações juninas de forma cada vez mais significativa, e já começa, sim, a descaracterizar o São João, que, enfraquecido parece não ter autonomia, e já demonstra parecer um mero “segundo carnaval do ano”.
Cadê os amendoins, as canjicas, os traque- de- massa, as chuvinhas, o rojão, a cobrinha o milho assado, o licor, o trio nordestino, as bandeirolas o mingau de tapioca que tomamos no vizinho (e pegamos seu chapéu de palha emprestado e não devolvemos rs), as camisas quadriculadas, as calças jeans remendadas, os jogos, as brincadeiras? É a “prostituição capitalista” do popular para o pop, do tradicional para o marketing comercial.
A verdade é que a indústria empresarial do carnaval já percebeu há muito tempo o São João como um negócio, um produto de mercado, um terreno fértil para seu plantio e colheita de lucros, e como tal tenta revesti-lo ao seu modo, travestindo os tradicionais costumes do São João em uma logística carnavalesca. “Traje” mais acessível ao consumo, a contratos com cervejarias milionárias patrocinadoras que botam sua marca no lugar das tradicionais e extintas bandeirolas. A idéia de vender um são joão com luxo, conforto e mega espetáculos parece ser mais convincente e viável ($), do que vender ou vivenciar algo mais rústico, primitivo e aparentemente sem atrativos comerciais espetaculosos.
Um fenômeno que vem se tornando cada vez mais comum é a “carnavalização” do São João. Festas de camisa, camarotes de luxo dividindo o público pelo seu poder econômico, a inserção das bandas de axé nos palcos, dividindo as atenções com os forrozeiros, whisky com energético, presença de trio-elétrico etc. Notem que esses artefatos artísticos-culturais, que são todos importados do carnaval, vêm invadindo as comemorações juninas de forma cada vez mais significativa, e já começa, sim, a descaracterizar o São João, que, enfraquecido parece não ter autonomia, e já demonstra parecer um mero “segundo carnaval do ano”.
Cadê os amendoins, as canjicas, os traque- de- massa, as chuvinhas, o rojão, a cobrinha o milho assado, o licor, o trio nordestino, as bandeirolas o mingau de tapioca que tomamos no vizinho (e pegamos seu chapéu de palha emprestado e não devolvemos rs), as camisas quadriculadas, as calças jeans remendadas, os jogos, as brincadeiras? É a “prostituição capitalista” do popular para o pop, do tradicional para o marketing comercial.
A verdade é que a indústria empresarial do carnaval já percebeu há muito tempo o São João como um negócio, um produto de mercado, um terreno fértil para seu plantio e colheita de lucros, e como tal tenta revesti-lo ao seu modo, travestindo os tradicionais costumes do São João em uma logística carnavalesca. “Traje” mais acessível ao consumo, a contratos com cervejarias milionárias patrocinadoras que botam sua marca no lugar das tradicionais e extintas bandeirolas. A idéia de vender um são joão com luxo, conforto e mega espetáculos parece ser mais convincente e viável ($), do que vender ou vivenciar algo mais rústico, primitivo e aparentemente sem atrativos comerciais espetaculosos.
Para delírio dos “foliões-juninos” e infelizmente pra mim, o São João está se “carnavalizando”. Mas que mal há nisso? Afinal na Bahia tudo é festa, não é mesmo?