quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Di-versos

Di-versos
Se a loucura social tem tomado conta
e a crise moral e ética também
não adianta fugir, sua cabeça já está tonta
o colapso não poupa ninguém.
Estarmos ajustados (e conformados!) a uma sociedade doente
não é indicativo de saúde mental
pare, pense, sinta, articule-se e tente
caso contrário, será letal.
Eu sei, os diversos inicialmente tumultuam e causam estranhamento
mas se ainda não conseguiu alcançá-los dê a eles um alento
se a Arte é a imagem daquilo que a sociedade ainda não é capaz de pensar
encha-se di-versos que o façam não só pensar, mas também flutuar.
Ninguém tem obrigação de acolher o diverso ou viver na diversidade
mas renunciar a arte como ferramenta promissora de transformação
é sabotar sua essência, covardia com seu crescimento, pura ruindade
pois este verso é apenas um coceira na sua imaginação.
Siga! Com o outro, o diverso... com você, com seus versos ou apenas vá. Pois todos nós iremos "di-versos".

A Ponte

Feita para reduzir distâncias
aproxima pessoas na busca da união.
Une humildade e arrogâncias
tristezas e diversão
escassez e extravagâncias
receio e celebração
amontoando povos, territórios e tradição.
Ao renunciar a ponte como forma de transição
trancados dentro de si, estamos fadados a depressão.
Sem deslocamento, sensação é de estar ilhado...
perceba, negar a própria travessia é se manter isolado.
Ou reconhece sua essência, ou permanecerá humanamente lacrado.