domingo, 30 de agosto de 2009

É agua do mar... é maré cheia ôôô!



Desde a infância, sempre tive um fascínio místico e instintivo pelas coisas da natureza, especificamente pelo mar. Desconfiava intuitivamente que ele sempre tinha algo a me ensinar. Apenas observando seu funcionamento ou em convívio direto com sua correnteza, acreditava que podia extrair analogias, metáforas sobre a figura de linguagem que é o mar. Sua imensidão infinita, quase incompreensível, de grandeza misteriosa e desconhecida, regido de leis próprias, influências da lua, corretenzas, fluidez da água e sua capacidade adaptativa e maleável, o seu cheiro salgado, e, especialmente, a condição que ele nos proprociona de navegar. Era um caldeirão mágico-lúdico de sensações, diversidades e fantasias .


A vida é um navegar. Ora estamos sem bússola, mas com o leme na mão; ou sem o leme mas com a bússola; quando acontece de estarmos sem bússola e sem o leme ficamos por conta das corretenzas e dos ventos (isso pode ser perigoso, por vezes o mar tem o seu lado traiçoeiro que nos leva a lugares indesejados). Fato é que todos nós queremos atracar nosso barco num porto seguro, numa ilha acolhedora. (tem barcos de todos os tipos: a motor, a vela, a remo!).


O mar é calmaria e fúria
O mar é claro e escuro
O mar é amigo e traiçoeiro
O mar é sonso,irônico, faceiro, astuto
O mar não se entende, ele tem o seu tempo indefinido e seu ritmo peculiar
O mar é contradição em busca de unidade
Uma fauna sem identidade

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Banalizaram a farofa.


Farofa d'agua. Faroda de manteiga. Farofa de linguiça. Farofa de ovo. Farofa de carne de fumeiro.Acompanhamentos divinos. Porém ,sempre quando alguém está se comportando fora do padrão, muito chamativo, de forma indesejável, brega ou algo muito descontextualizado chamamos de "farofeiro" ou que está fazendo "farofa". Eu queria saber porque a coitada da farofa foi usada para designar tal comportamento inapropriado. Uma coisa tão boa, que todos nós nordestinos gostamos de comer. Tem relação com a origem cultural e nordestina do prato? A transposição do conceito já é natural, que não deixa de ser uma metáfora, apesar de ja havendo generalizada internalização do termo como algo comum. Mas , como se construiu essa metáfora? Proponho chamar de "temakeiros" aqueles que fazem "farofa" por ái a fora. Não combina né? Eu gosto de farofa, portanto sou um farofeiro!