domingo, 30 de agosto de 2009

É agua do mar... é maré cheia ôôô!



Desde a infância, sempre tive um fascínio místico e instintivo pelas coisas da natureza, especificamente pelo mar. Desconfiava intuitivamente que ele sempre tinha algo a me ensinar. Apenas observando seu funcionamento ou em convívio direto com sua correnteza, acreditava que podia extrair analogias, metáforas sobre a figura de linguagem que é o mar. Sua imensidão infinita, quase incompreensível, de grandeza misteriosa e desconhecida, regido de leis próprias, influências da lua, corretenzas, fluidez da água e sua capacidade adaptativa e maleável, o seu cheiro salgado, e, especialmente, a condição que ele nos proprociona de navegar. Era um caldeirão mágico-lúdico de sensações, diversidades e fantasias .


A vida é um navegar. Ora estamos sem bússola, mas com o leme na mão; ou sem o leme mas com a bússola; quando acontece de estarmos sem bússola e sem o leme ficamos por conta das corretenzas e dos ventos (isso pode ser perigoso, por vezes o mar tem o seu lado traiçoeiro que nos leva a lugares indesejados). Fato é que todos nós queremos atracar nosso barco num porto seguro, numa ilha acolhedora. (tem barcos de todos os tipos: a motor, a vela, a remo!).


O mar é calmaria e fúria
O mar é claro e escuro
O mar é amigo e traiçoeiro
O mar é sonso,irônico, faceiro, astuto
O mar não se entende, ele tem o seu tempo indefinido e seu ritmo peculiar
O mar é contradição em busca de unidade
Uma fauna sem identidade

Nenhum comentário:

Postar um comentário