Atento! Vivemos hoje uma guerra sutil. Não física, não de armamentos, mas psicológica. Corda esticada. Não falo de briga partidária, nem de briga religiosa e nem de disputas étnicas ou de gênero. Falo do embate do plano das ideias, o do cotidiano. O confronto é duro, contra adversários perspicazes, ora dissimulados e que trazem muitas adversidades. Me refiro aos custos emocionais que as turbulências políticas, econômicas, civis-sociais vêm causando, ja que todo esse peso conturbado do Brasil atual recai sobre a nossa psiquê, e é lá onde ele vai se armazenar. Se você não dialoga com isso dentro de você, se você não pensa a respeito, a turbulência externa pode lhe corroer por dentro e assim ir definhando o que você tem de consciência e humanidade. Rebobine e perceba. Não permita acúmulos de turbulências. Evite ser "maré cheia", não é disso que estamos precisando agora.
Há uma sensação de tensão social permanente que domina e condiciona o emocional do coletivo. Deprimindo, estressando e que vem extraindo o lado mais extremista e raivoso das pessoas. Os confrontos psico-ideológicos poderiam surgir para causar evolução, mas até então apenas dão indícios que um colapso se aproxima. Ou enfrentamos o colapso social e ideológico, lambendo nossas feridas, ou todos nós, sem exceção, adoeceremos socialmente até que nos tornemos completos invisíveis uns para os outros.
Dicas didáticas para melhorar sua saúde mental: O outro não é seu inimigo. Apenas pensa diferente. Deixe a SUA vaidade e o SEU egoísmo de lado, RACIOCINE e faça, humildemente, a porra da síntese.
Todo e qualquer argumento que radicalmente polarize ou crie obstáculos para as dicotomias, só demonstra a fragilidade, o despreparo e a teimosia do ser humano para saber viver civilizadamente em sociedade. Ultimamente temos vivido de forma bastante truculenta e estressante. São tempos difíceis! E deve piorar. A atualidade do presente dificulta e muito a percepção correta da magnitude do problema. Apenas sentimos ele. A escrita, assim como as outras artes, é uma das formas de tateá-lo.
Cabe a cada um de nós buscar permanentemente um caminho de "aprimoramento espiritual". Nossa saúde mental apenas reflete, na mesma proporção, o quanto de investimento que fizemos para essa caminhada em direção a nossa essência.
O outro tem mais a nos ensinar do que a nos prejudicar, independente da situação. Ultimamente, você tem preferido aprender pacientemente com o outro ou se impõe maliciosamente para evitar de sair prejudicado?