segunda-feira, 15 de abril de 2013

Homo Solitarius


Da resistência à adaptação; do medo ao apego; da observação à participação; do distanciamento a aproximação. Essa é sua condição natural. E nada tem a ver com individualismo, mas sim com autoconhecimento. É o modelo que se apresenta como alternativa ao estilo de vida contemporâneo, prezando pela qualidade de vida.

Entender que uma viagem pode ser mais importante que a companhia, que o destino tão almejado é irrelevante, diante do que foi experienciado na trajetória que fizemos para alcançá-lo. A opção por traçar metas rigorosamente objetivas pode ser tão importante quanto o esforço em vão de não alcançá-las ou do reconhecimento das barreiras que impediram seu êxito. Ou, mais ainda, da simples percepção sublime da inutilidade dessas metas.

 O Homo Solitarius vive num “ensimesmamento” em busca de evolução e adaptção. Permitir-se aventuras pitorescas emocionantes, rotinas banais sorumbáticas, o previsível-inusitado, lugares fantasiosos idealizados. Fazer de sua vida uma fábula! Mas não para ser contada, e sim para ser vivida. Sentir e saber fazer uma narrativa se recurvando sobre sua própria fábula, criando capacidades de abstrações, é o passaporte (só de ida) para sublimar o Homo Solitarius e fazer transcender a mais evoluída, rara, admirável e adaptável das espécies humanas: o Homo Criativus.

Nenhum comentário:

Postar um comentário