sábado, 6 de julho de 2013

Você sabia?


Que foi lançado mês passado nos Estados Unidos o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) e com ele novas e modernas patologias?

Que é no DSM que a OMS (Organização Mundial de Saúde) e a CID (Classificação Internacional de Doenças) se baseiam para classificar os transtornos psiquiátricos?

Que a compulsão alimentar, agora passa a ser um transtorno mental definindo a pessoa que apresente episódios de alimentação compulsiva ao menos uma vez por semana e durante três meses como portadora do distúrbio?

Que a desordem disfórica pré-menstrual, a forma mais grave de tensão pré-menstrual, que produz irritabilidade, humor instável, ansiedade e problemas de sono durante a última fase do ciclo menstrual, agora está caracterizada como um transtorno mental?

Que o luto por perda de ente querido passa a ser um sintoma da depressão?

Que a necessidade sexual excessiva por pelo menos seis meses; uso frequente do sexo em resposta ao estresse ou ao tédio, sem levar em conta danos físicos ou emocionais, caracteriza o sujeito como portador de transtorno hipersexual?

Então se sofremos por causas naturais que a vida e sua sociabilidade complexa nos oferece com toda sua magia e condição de aprendizado, somos doentes. Se buscarmos alternativas pra fugir destes sofrimentos em eventos prazerosos que julgamos nos proporcionar mais qualidade de vida, também poderemos ser enquadrados em casos patológicos. Então, antes que definam meu diagnóstico como portador de TOD - transtorno opositivo-desafiador (caracterizado por um padrão global de desobediência, desafio e comportamento hostil/resistência à figuras de autoridade), resta a pergunta: o que é ser saudável?

 

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