Tem gente que gosta, mas nunca
achei o revanchismo saudável. Traz consigo um cardume de emoções infantis e
nocivas... lembrando Roberto Jefersson: trazem à tona os “instintos mais
primitivos”. Não é legal quando estamos sob o governo específico dessas
emoções. Bom seria se não deixássemos elas se aproximarem, nos afastando delas,
mas pra isso precisamos ter consciência de que nossas atitudes estejam sendo
motivadas por essas emoções, que causam o revanchismo. Não é fácil. Talvez a
construção desse próprio texto esteja sendo motivada pelo revanchismo. Um
revanchismo aos revanchistas...(rs). Porém, motivado racionalmente para a
escrita do tema e não pela emoção efusiva que ofusca o raciocínio.
Principalmente, por uma visão romântica e utópica de extinção do revanchismo
entre os seres humanos de qualquer natureza.
Quando se deseja mudança, não se combate
o que está se questionando agindo da mesma forma daquilo que você condena
(Mandela deu um grande exemplo para a história da humanidade na África do Sul
nesse sentido), ou então está caindo na mesma armadilha, sedutora, de
reproduzir o mesmo comportamento. A renúncia ao revanchismo passa
exclusivamente por uma questão de altruísmo, coerência e sensatez... e
obviamente, primeiro assumir e depois aceitar, que somos todos contraditórios.
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