sábado, 7 de junho de 2014

Consistência e (com) insistência

É verdade que uma sociedade hiperativa tem como sintoma o emburrecimento causado pela pressa coletiva para julgamentos morais carregados de juízos de valor.

 É verdade também que os laços sociais estão esfarrapados. Que o comportamento baseado na liberdade de expressão tem gerado impulsividade, radicalismos e dogmas.

 Que a incerteza gera o medo do pânico e da angústia de estar só num mundo cheio de gente. Esvaziaram a noção de intimidade. A prática de assujeitamento que esse modelo de vida apresenta nos convida todo momento a renunciar nossa capacidade de pensar, analisar e sentir para só depois agir.

 Com insistência e consistência podemos resgatar a sensação daquilo que perdemos ou encontrar novas sensações que não essas que se apresentam de forma imperativa e enlatada. Nessas, sem consistência, não vale a pena insistir.

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