Esse três aplicativos de nomes estranhos, além de nos tornar poderosos comunicadores devido ao seu alcance, permitem também que as imagens e vídeos postados na rede sejam vistos e, logo depois, instantaneamente apagados. Ou não-armazenados. As ferramentas podem ser benéficas, mas a questão é: que uso faremos delas?
A era do efêmero já chegou aos aplicativos. Talvez, (talvez...) seja só um reflexo de como a ética da humanidade já está em processo de decomposição: comprometimentos pontuais sem laços significativos; no jogo do deletável, a indiferença e o descompromisso se tornam comuns; nada precisa arquivado, guardado, plenamente experenciado ou dignamente vivido; a ambiguidade de se vivenciar papéis sociais de celebridade/anonimato põe à nu a a essência das postagens desses aplicativos: contraditoriamente, a falta de implicação social. Não há código regente. Aquilo que poderosamente informa, também vai definhando o metabolismo das relações.
Existe aí uma bifurcação moral silenciosa, perigosa e (espero estar errado!) não muito promissora.
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