sexta-feira, 26 de junho de 2015

Divertida Mente

Não só quem tem filhos, sobrinhos e afilhados, mas também os que não têm devem assistir esse filme que consegue ser tão lúdico quanto lúcido. Uma viagem ao mundo cognitivo-psicológico que nem o mais competente neurocientista poderia mostrar em sua pesquisa acadêmica.

 O filme narra a interação de 5 emoções básicas sob formas de criaturinhas estereotipadas que disputam o painel de controle das emoções de uma criança pré-adolescente: alegria, a tristeza, o medo, a raiva e o nojinho. Elas vão se revezando e alterando o humor na medida em que ocorrem as situações cotidianas. Os eventos mais marcantes criam as "memórias-base" que servem por sua vez para sustentar as "ilhas da personalidade": ilha da honestidade, ilha das bobagens/brincadeiras, ilha da família. A manutenção de cada ilha é abastecida pelas criaturinhas das emoções. Há também uma fábrica de sonhos e a terra da imaginação, mostrada com muito humor e criatividade.

 Nessa disputa a alegria tenta sempre prevalecer com sua animação contagiante. Porém, se não houver equilíbrio das emoções e o armazenamento adequado entre elas, as ilhas podem sucumbir. Tudo isso mostrado de forma ludicamente didática e preservando o mundo da fantasia infantil. Apesar de mostrar a alegria quererendo contagiar todos e tentar manter certa hegemonia, o filme consegue, sem ser apelativo, mostrar com sensibilidade a importância da tristeza como emoção que também pode criar possibilidades agregadoras.

 P.S.1 - Saí pensando em como a "adultização" da vida nos leva ao suicídio de nossa criança interior.

P.S. 2 - A criaturinha do medo é muito engraçada e o amigo-imaginário é um grande coadjuvante.

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