A vitrine é aquele espaço em que
se colocam as peças mais interessantes (ou valiosas, mas nem sempre) de uma
loja para ganharem destaque, para serem apreciadas pelo consumidor, e consequentemente,
adquiridas. É fundamental, na exposição da vitrine, que sua distribuição
espacial esteja organizada, exclusivamente, para seduzir o iminente comprador.
Conscientemente ou não, ainda que
não queiramos nos vender para o outro, nas relações também somos vitrines de
nós mesmos pela forma que gerenciamos as características de nossa personalidade
que queremos que sejam vistas pelos outros. Na era da exposição exacerbada e da
aceitação condicionada à aparência e a popularidade, ninguém exibe o que
imagina que os outros vão reprovar. Ou seja, inicialmente ninguém se mostra por
completo. Tal como a vitrine da loja, está ali para seduzir. Tal como a
sedução, está ali para enfeitiçar.
Essa nossa vitrine exibe, mas também oculta. Ela
também indica peculiaridades através de sinais, basta saber interpretá-los e
desvendá-los. Caso contrário seu relacionamento com esse outro não passará de
um conto de fadas.
Então, primeiro passo para um
relacionamento sustentável: observe (pacientemente e cuidadosamente) a “vitrine”
do outro. Ela diz muito sobre a pessoa.
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