Todos nós queremos ser grandes.
Quando ainda crianças, boa parte das brincadeiras se remetem ao cotidiano do
“mundo adulto”, imaginando e fantasiando uma criança grande. É a cobiça
inocente e pura de se atingir a grandeza da maioridade. Dessa grandeza somos
meros coadjuvantes, o tempo, protagonista soberano, se encarrega de fazê-la
acontecer naturalmente.
Nós que almejamos melhorias nas
condições práticas da vida e também evoluções internas, estamos também
procurando ser grandes, mas outro tipo de grandeza. Nessa sim, somos
protagonistas. Não é preciso, necessariamente, pensar grande para ser grande,
como muitos falam. Aliás, um punhado de atitudes bem pequenas, pode nos tornar
grandes. Se fôssemos altruístas, cidadãos de bom senso gentilmente
responsáveis, engajados coletivamente, compreensivos porém críticos, e
amoráveis com os outros, estaríamos sendo grandes. Moralmente grandes.
Emocionalmente senhores de nossa autonomia.
O tempo já engrandece o corpo, é
a lei natural da vida. Mas depois de feitos grandes pelo tempo, quais grandezas
buscamos pra nós?
Para ser grande, basta ser
pequeno.
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